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Ônibus da Baixada são risco e tormento para os passageiros.



Viajar nos ônibus que circulam pela Baixada Fluminense é prova de coragem. Virou rotina para os passageiros encontrar veículos em péssimo estado de conservação e, muitas vezes, sujos.

Bancos soltos, barras de ferro enferrujadas, pneus carecas, vidros rachados, falta de limpeza e longos minutos de espera são alguns dos problemas enfrentados por quem depende da condução.

Em alguns casos, nem os botões que acionam a campainha que avisa o motorista para parar no próximo ponto funcionam. Pedro Antônio Ismério, de 69 anos, contou que, num ônibus da linha Nova Iguaçu/Comendador Soares, precisou gritar para poder descer no ponto certo em Comendador Soares.
Ele disse que apertou o botão e achou que o motorista estava ciente. “Mas, quando passou o ponto, dei um grito. Mesmo assim, o motorista ainda passou, e eu tive que voltar a pé uma parte. É uma luta diária”, afirmou ele.

A falta de limpeza incomoda a estudante Mariana da Silva, 30. Segundo ela, a maioria dos ônibus em Comendador Soares não é limpa, e o cheiro é ruim. “Já peguei ônibus com vômito, fedendo. De uns tempos pra cá, os bancos estão encardidos, mofados”.
Em Caxias, a situação é parecida. Carros de vários empresas estão com pneus carecas e rachaduras nos tetos. A situação preocupa a doméstica Lourdes Maria Nascimento, 43: “Na semana passada, peguei a linha Caxias/Pantanal, e o motorista saiu da pista na curva. Ele disse que já tinha informado à empresa que o pneu estava careca”.

A falta de ar-condicionado é outro transtorno. Moradora de Belford Roxo, Carmélia Moraes trabalha no Rio e reclama do calor. “Pago mais caro na linha Belford Roxo/Central, mas o ar não funciona”.
Fonte: O Dia 
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