Os valores dos imóveis do “Minha casa, minha vida” deverão aumentar no ano que vem, com a elevação do teto do programa habitacional, que hoje é de R$ 190 mil. O preço máximo a ser cobrado pelas moradias e a data desse reajuste ainda não foram divulgados, mas o mercado já especula que haverá aumento nos custos das unidades, nas localidades em que há grande demanda pela casa própria e onde o total de terrenos destinados à construção de empreendimentos é escasso:
— Para o que hoje tem um teto de R$ 190 mil em São Paulo (em Brasília e no Rio), por exemplo, devemos fazer uma atualização de valor. A outra coisa é aumentarmos o valor do “Minha casa, minha vida”, que, no Rio e em São Paulo, tem um limite de R$ 76 mil (valor que o governo paga hoje às construtoras por cada unidade construída). A última atualização foi feita em 2012 — disse o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, que esteve ontem no Rio.
Eduardo Zylberstajn, coordenador do Índice FipeZap, que calcula o valor do metro quadrado no Brasil, pondera:
— (O aumento) pode, num primeiro momento, viabilizar projetos que antes estariam acima do teto, mas a demanda por terrenos vai aumentar e, com isso, os valores dos mesmos.
Reação acontece em cadeia
Para Laudimiro Cavalcanti, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ), o aumento do valor máximo dos imóveis deverá mexer com o mercado, mas o impacto será pequeno:
— É uma reação em cadeia. Começa pelo terreno. Se o valor do imóvel aumentar, vão elevar os preços dos terrenos. Mas não acredito em valorização substancial. No próximo ano, a valorização dos imóveis no Rio deverá ficar em torno de 10%, porém, mais pelas obras para as Olimpíadas.
Fonte: Extra
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