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Corte do Farmácia Popular vai afetar 1,1 milhão de pessoas com suspensão de acesso a remédios e fraldas.

Programa ‘Aqui tem Farmácia Popular’ será afetado por cortes no orçamento
Foto: Divulgação/ 22.05.2014
Cerca de 1,1 milhão de pessoas poderão ficar sem medicamentos com descontos de até 90%, que deixarão de ser vendidos pelo programa Farmácia Popular, do governo federal, segundo a Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

São opções para os tratamentos de glaucoma, mal de Parkinson, osteoporose, rinite, colesterol e incontinência urinária.

Isso porque a União enviou ao Congresso Nacional o Orçamento de 2016, com um corte de R$ 578 milhões no programa. A lista dos que deixarão de ser vendidos — a partir de janeiro — é composta por 11 itens, incluindo fraldas geriátricas.

No caso dos anticoncepcionais, as quatro opções disponíveis hoje deixarão de ser vendidas com desconto na rede privada (convênios com grandes redes), mas terão similares na rede própria federal.

Portanto, na prática, das 11 opções, apenas sete não serão mais ofertadas de forma alguma.
Outros 14 remédios (listados ao lado com “sim”) — para hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita —, serão mantidos nas redes própria e privada do Saúde Não Tem Preço (braço do Farmácia Popular).

Segundo a Interfarma, cerca de três milhões de pessoas são beneficiadas mensalmente pelo Farmácia Popular. Do total, 1,8 milhão ainda poderão encontrar os remédios nas unidades do governo, apesar de o convênio com as farmácias privadas chegar ao fim. Mas 1,1 milhão ficarão a ver navios.

— O acesso fica comprometido porque o número de municípios servidos pelas farmácias públicas é bem menor. E estas não cobrem toda a lista de remédios disponíveis nas privadas — disse Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.

Os medicamentos com desconto estão disponíveis, hoje, em 35.400 farmácias privadas de 4.400 cidades.

Esse convênio, porém, deverá acabar em dezembro. A rede pública tem 528 unidades em 420 municípios. Os cortes precisam ser aprovados pelo Congresso.
Fonte: Pollyanna Brêtas/Extra
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