RIO - Atletas amadores de 14 municípios estiveram na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, para abertura do evento. Leonardo Picciani, ministro do Esporte, participou da cerimônia e elogiou a iniciativa, que ajuda a identificar novos talentos
Depois de receber as competições de basquete da Olimpíada Rio 2016, a Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, reabriu ontem para os jovens atletas da Baixada Fluminense. A quadra por onde passaram os astros do Dream Team americano, como Kevin Durant, foi a mesma em que Larissa Ribeiro, Douglas da Silva e Ivana Soares quicaram bola no primeiro dia de competições de handebol, dando início à 20 edição dos Jogos da Baixada.
“É como se fôssemos cada tijolo desta arena. Ao pisar esta quadra, me sinto integrada ao sonho de disputar uma Olimpíada algum dia”, diz Larissa Ribeiro, de 14 anos, do time de handebol de Nova Iguaçu, que fez a partida de estreia dos Jogos da Baixada contra Nilópolis.
Beatriz Porto, campeã estadual que começou nos Jogos, foi quem acendeu a pira. Cleber Mendes
Antes de a bola rolar, a cerimônia de abertura dos jogos foi marcada por momentos de emoção. Na banda de fanfarra do Centro Educacional Líbano Brasileiro, de Belford Roxo, Ana Beatriz Pereira, de 11 anos, chorava enquanto tocava seu instrumento: a lira. Ela e mais 34 crianças da banda, entre 8 e 16 anos, tocaram o Hino Nacional.
“Consegui acertar tudo. Ainda bem que ensaiamos bastante”, comemorou a menina enquanto dava um abraço em Mestre Saturnino, o diretor da banda. Os dois choraram juntos.
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Abertura dos Jogos da Baixada reúne centenas de jovens
A Banda do Colégio Líbano Brasileiro se a´presentou no evento. Mestre Saturnino a frente.
FOTO: CLEBER MENDES
Apresentações de música e dança antes de as disputas começarem. FOTO: CLEBER MENDES
Apresentações de música e dança antes de as disputas começarem. FOTO: CLEBER MENDES
Apresentações de música e dança antes de as disputas começarem. FOTO: CLEBER MENDES
Atletas amadores de 14 municípios estiveram na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, para abertura. Leonardo Picciani, ministro do Esporte, participou da cerimônia. FOTO: CLEBER MENDES
Atletas amadores de 14 municípios estiveram na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, para abertura. Leonardo Picciani, ministro do Esporte, participou da cerimônia. FOTO: CLEBER MENDES
Atletas amadores de 14 municípios estiveram na Arena Carioca 1, no Parque
Olímpico, para abertura. Leonardo Picciani, ministro do Esporte,
participou da cerimônia. FOTO: CLEBER MENDES
Pouco depois, quase que de forma imperceptível, um garoto entrava na quadra fazendo embaixadinhas. Vestido de verde e amarelo, trazia o rosto de Garrincha estampado na blusa. Foi a dica para os desavisados. Gustavo Santos, de 15 anos, é bisneto do Mané, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
“Fiquei muito nervoso, mas a bola não caiu”, brincou o jovem representante da delegação de Magé.
A cerimônia de abertura também contou com apresentação artística da Cia Flama de Dança, de Duque de Caxias; do Grupo Trupe João XXIII, de Japeri; e do time de ginástica rítmica de Belford Roxo.
Gustavo Santos com a avó Rosângela Cunha: família de Garrincha
FOTO: CLEBER MENDES
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“Fico feliz em representar minha cidade fazendo algo que eu amo, e poder mostrar isso para as pessoas”, disse Giovanna Cabral, de 11 anos, um dos destaques da exibição de ginástica rítmica, cujo time treina na Vila Olímpica de Belford Roxo.
O juramento olímpico foi feito por Adelson Santos, que comanda o time de futsal de Itaguaí. Ele foi eleito o melhor técnico da competição em sete edições dos Jogos da Baixada.
Em seguida, Beatriz Porto, de 18 anos, acendeu a pira olímpica. Ela começou nos Jogos da Baixada, disputando por Nova Iguaçu, e hoje é campeã estadual juvenil do salto em altura, pelo Vasco.
‘Aqui podem surgir novos campeões’
Leonardo Picciani, ministro do Esporte, e Marcos Salles, presidente de
O DIA, participaram da cerimônia. Cleber Mendes
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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, esteve presenta à cerimônia de abertura dos Jogos da Baixada: “Além de ser um evento de grande integração social, temos aqui a oportunidade de detectar os novos talentos do esporte nacional”, declarou.
Paulo Márcio Mello Dias, presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), também destacou a inclusão social: “aqui podem surgir os futuros medalhistas olímpicos do Brasil”.
Alexandre Colombo, diretor de marketing da Piraquê, empresa que apóia os Jogos da Baixada, falou sobre a oportunidade para os jovens: “o esporte pode ser um caminho profissional para muitos deles”
Nathan Shiper, diretor do Sistema Fecomércio e conselheiro do Sesc Rio, também falou na cerimônia: “através do esporte, podemos fazer uma revolução social”.
A mesa também foi formada por prefeitos das cidades da Baixada. Cleber Mendes |
A Auto Viação Vera Cruz também apoiou o evento, fornecendo ônibus para o transporte dos atletas: “elaboramos um plano de ação para ajudar nos Jogos”, disse Francisco Teixeira, diretor da empresa.
Histórias que dão um livro
Boa parte dos jovens que ontem estiveram na Arena Carioca 1 sonham disputar uma Olimpíada. As histórias dos atletas que chegaram lá, passando pelos Jogos da Baixada, inspira quem hoje compete no evento.
Há dois exemplos no handebol: João Pedro da Silva, da Seleção Brasileira, e Lucila Vianna. É com o intuito de contar essas histórias que Marcos Salles, presidente do jornal O DIA, que organiza os Jogos da Baixada, anunciou que pretende lançar um livro sobre a competição durante a solenidade de ontem: “esses jovens podem mudar de vida a partir do esporte”.
Colaborou Herculano Barreto Filho
Fonte: BERNARDO COSTA/O DIA
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