Hoje, as regras de retomada seguem as do mercado imobiliário: a residência vai a leilão para pagar a dívida. Foto: Divulgação Rafaella Barros |
O Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal vão mudar o destino dos imóveis do “Minha casa, minha vida” retomados por inadimplência. Dez meses após a publicação da Lei 13.043, a mudança ainda está em discussão. Pela legislação, os imóveis com mais de três meses de pagamento em atraso deveriam ser incluídos novamente no programa, para serem adquiridos por outros beneficiários. Hoje, no entanto, as regras de retomada seguem as do mercado imobiliário: a residência vai a leilão para pagar a dívida.
Em meio à discussão, a inadimplência na faixa 1 do programa, formada por famílias que ganham até R$ 1.600 por mês, só cresce: segundo o Ministério das Cidades, o índice era de 25,23%, em 1º de julho. O percentual é 13 vezes maior do que a média do mercado, de 1,9% no referido mês, segundo o Banco Central (BC).
Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC, diz que a inadimplência mais alta na faixa 1 do programa pode ser explicada pelo maior impacto que a inflação tem sobre a renda menor:
— E temos dois agravantes: juros altos e mercado de trabalho muito pior. Consumidores com pouca poupança e perda do emprego dificilmente terão recursos extras para manter seus compromissos financeiros.
A Caixa e o Ministério das Cidades não divulgaram os índices de inadimplência nas faixas 2 e 3 do programa. Quanto ao número de imóveis retomados até hoje, o banco afirmou que não divulga esses dados por considerá-los estratégicos.
Fonte: Extra
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