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Rio e São Paulo deverão disputar Paraíba do Sul. Indústria terá que fazer reuso da água.

No momento em que está prestes a concluir seu primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos, no segundo semestre, e com a construção de sua última grande represa em andamento, o Estado do Rio se prepara para disputar com São Paulo as águas do Rio Paraíba do Sul — que abastece 80% do Grande Rio — e ampliar o reuso da água pelas indústrias. O governo federal está atento à disputa entre os dois estados e já estuda uma solução única para as duas maiores regiões metropolitanas do país, onde vivem 46 milhões de pessoas.

Ainda este ano o governo do Rio inicia a construção da barragem no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, que ampliará o fornecimento de água para o Grande Rio em cinco mil litros por segundo. Mas, com a previsão de crescimento da população diante de investimentos como Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e Arco Metropolitano, novas fontes precisarão ser descobertas em breve, apontam especialistas.

Barragem no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu.
O licenciamento do Comperj é exemplar: toda a água industrial, que não é consumida pelas pessoas, será de reuso, da estação de Tratamento Alegria, que passará por duto do outro lado da Baía de Guanabara. Vamos incentivar soluções como esta — disse Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente.

Minc conta que o abastecimento é uma das preocupações do Plano Hídrico, em elaboração pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que analisará também a qualidade das águas e do tratamento de esgoto, o risco das barragens de rejeitos nas nascentes dos rios, além de tratar do problema dos rios como causa de enchentes. Ontem, reportagem do GLOBO mostrou que 12 barragens de rejeitos minerais e industriais, na divisa com Minas, ameaçam as águas do Paraíba do Sul.
Fonte: O Globo
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