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Baleia Azul: o perigo está mais perto. Polícia Civil abre investigação para identificar origem, no Rio, do jogo que preocupa os pais.

Polícia Civil abre investigação para identificar origem, no Rio, do jogo que preocupa os pais. Reprodução
Rio - A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio começou a investigar uma rede de cibercriminosos que convencem crianças e adolescentes a participar de um jogo chamado de "Baleia Azul", que tem como objetivo final o suicídio. Nele, o jogador tem que cumprir 50 etapas, que vão desde a “assistir filmes de terror” a “desenhar com estilete uma baleia no braço”. A última regra seria tirar a própria vida. 

O DIA apurou que a polícia já investiga a tentativa de suicídio de uma menina de 12 anos, ocorrida no Rio, na última semana, que seria em consequência do jogo.

Segundo a delegada Fernanda Fernandes, que temporariamente está respondendo pela DRCI, já há um inquérito aberto na delegacia após uma mãe denunciar, na quarta-feira, que seu filho, de 12 anos, recebeu um desafio.

“Inicialmente, achei um fato atípico. Mas, depois que li as mensagens, percebi que havia um certo convencimento na linguagem utilizada. Se a criança é induzida a se cortar isso configura lesão corporal, já que o ‘curador’ estaria agindo por autoria mediata (domínio da vontade alheia), se utilizando do incapaz para a prática de crimes”, disse. 

Curador é como o recrutador do jogo se autodenomina. Segundo Fernanda, ele é o responsável por recrutar menores para o Baleia Azul e passar as tarefas diárias, realizadas na madrugada. 

A polícia de Mato Grosso investiga a morte de um adolescente relacionada com o o jogo. Na Paraíba, a PM abriu investigação após um oficial da corporação, coronel Arnaldo Sobrinho, descobrir que alunos de uma escola estavam cumprindo os desafios.

No Facebook, ele pediu aos pais para que fiquem alertas. “Há um engano porque (os pais) acham que é um aplicativo, um jogo, mas não é. O desafio é repassado por meio de mensagens em grupos”, disse. A corporação investiga se alguns jovens foram coagidos a participar do jogo, a partir de ameaças feitas após invasões a seus computadores. 

A investigação na DRCI teve início há duas semanas, desde que comentários sobre o jogo começaram a circular nas redes sociais. A delegada acha que um aplicativo pode ser utilizado no repasse das mensagens. A investigação não parou neste feriadão. “Identificamos milhares de pessoas que estão praticando o jogo no Brasil. Fazemos uma grande filtragem para saber quais delas são do Rio”, disse Fernanda. 

O advogado e perito em Direito Digital, José Antonio Milagre, disse que caso alguém seja interpelado pelos cibercriminosos deve salvar as mensagens. “É importante preservar chats para que possam servir de base para eventual medida para apurar autoria e responsabilizar os criminosos”.
Fonte: BRUNA FANTTI/O DIA
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