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Primeira vez na Baixada, Favela Kombat MMreúne lutadores na Grande Rio.

17ª edição do Favela Kombat MMA será na quadra da Grande Rio Foto: Agência O Globo
Longe da badalação que cerca o UFC, lutadores de toda a Baixada subirão domingo ao octógono na 17ª edição do Favela Kombat MMA, a partir das 18h, na quadra da Grande Rio, em Caxias. Os punhos cerrados e os chutes certeiros têm como alvo muito mais do que o rival: miram o estrelato na principal competição do esporte.

O campeão Arnaldo Mickey Foto: Mazé Mixo/Agência O Globo
Morador de Caxias, o professor de artes marciais Arnaldo Mickey, de 29 anos, vai defender seu cinturão na principal luta da noite, às 23h, contra Henrique Souza, de 30.

— Nunca tinha passado pela minha cabeça lutar em Caxias, com minha família e meus amigos assistindo. Bate um nervosismo, mas vai dar certo — diz Mickey, que pratica muay thai, boxe e luta livre: — Vejo no MMA a oportunidade de estabilizar a vida para criar minha filha de 8 anos.

O desafiante Henrique Souza Foto: Mazé Mixo/ Agência O Globo
Do outro lado, os sonhos (e a luta) de Henrique não são muito diferentes. Gerente de vendas, o morador de Nova Iguaçu é outro que não pode se dedicar exclusivamente às competições. Após 12 horas de trabalho, parte para os treinos em Irajá.

— Sempre quis treinar artes marciais, mas nunca tive condições e apoio. Trabalho de sete da manhã até sete da noite, treino e chego em casa de madrugada. Meu objetivo é lutar fora do país — revela Henrique, especialista em jiu-jítsu e muay thai.

Ingressos à venda
Criado há quase três anos pelo gonçalense Cláudio Renato, o Claudinho MMA, de 36 anos, o Favela Kombat já percorreu comunidades de todo o Estado do Rio.

Os lutadores posam ao lado dos organizadores do evento Claudinho MMA
(de preto) e Rafael Murruga (cinza) Foto: Mazé Mixo/Agência O Globo
— É a primeira vez que estamos na Baixada. A ideia é dar as primeiras oportunidades para os atletas. 
Depois de quatro ou cinco lutas, eles começam a ser convidados para competições maiores — orgulha-se o promotor de eventos: — Serão 15 lutas e há, pelo menos, um morador da Baixada em cada uma.

Para chegar à região, Claudinho teve o apoio do empresário Rafael Murruga, de 27 anos, morador de Caxias.

A expectativa é de casa cheia: 2.500 pessoas. Os ingressos custam R$ 25 e podem ser comprados na bilheteria da Grande Rio.
A musa do evento Alessandra Mattos será a ring girl Foto: Mazé Mixo/Agência O Globo
Musa do evento é rainha de bateria e fã de luta
Ring girl transexual, plus size, anã, cadeirante e até ring boy. O Favela Kombat MMA sempre tenta chamar atenção com participações em cima do octógono. E quem conquista olhares ao desfilar entre as lutas desde a primeira edição do evento é a modelo Alessandra Mattos.

Foto: Mazé Mixo/Agência O Globo
Rainha de bateria da Inocentes de Belford Roxo, ela mais uma vez participará do Favela.

— Não apenas subo no octógono com a placa, abraço mesmo a causa. Já tiramos meninos das drogas dando a eles a oportunidade de ter uma vida nova.

Nem todos tinham acesso a esse esporte — ressalta Alessandra, responsável pela escolha de uma das primeiras ring girls transexuais do mundo, a Mulher Abacaxi: — É muito legal quebrar o preconceito. Fico muito feliz de ver que o projeto está dando certo.
Íntima do esporte, a musa já praticou muay thai durante oito anos. Alessandra conta que só parou por causa de compromissos profissionais.

— Gostava muito de lutar, mas tive que parar porque virei rainha de bateria. Era um problema me apresentar com o corpo cheio de marcas roxas — brinca a beldade, que vê no esporte duas importantes virtudes: — A prática desestressa e é excitante.
Fonte: Flávia Nunes/EXTRA
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