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Dinheiro é o que não falta: Deputados Estaduais do Rio declararam carregar R$ 2,9 milhões em espécie.

Dezoito deputados estaduais da Assembleia do Rio declararam à Justiça eleitoral possuir altas somas em dinheiro vivo — os valores totalizam R$ 2,9 milhões. O levantamento do EXTRA, baseado em dados públicos informados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet, mostra que os deputados Thiago Pampolha (PSD), Luiz Martins (PDT) e Ricardo Abrão (PDT) são os três com maiores quantias em espécie.

Pampolha, que declarou um patrimônio de R$ 781.500, tem R$ 500.000 em espécie. Seus demais bens, de acordo com a declaração, são cotas de postos de gasolina e um apartamento na Praia da Barra da Tijuca, no valor de R$ 121.500 — a exemplo de qualquer cidadão, os candidatos não são obrigados a atualizar o valor de face dos imóveis em sua declaração de renda.

Segundo a assessoria de imprensa de Pampolha, ele preferiu o dinheiro em espécie para usá-lo na campanha. De acordo com seu assessor, o candidato informará em sua prestação de contas à Justiça eleitoral o uso que fez do montante.

Ricardo Abrão afirmou ter R$ 400 mil em dinheiro vivo. O deputado é o mais rico da Alerj, com um patrimônio é de R$ 11,6 milhões, formado por nove imóveis, sociedade em prédios comerciais e participações em empresas, entre outros bens. Procurada, a assessoria de imprensa do deputado não respondeu ao EXTRA para informar o que ele pretende fazer com a soma em espécie.

Segundo o TSE, Martins tem o mesmo valor em espécie que Abrão. No entanto, segundo a assessoria de imprensa do deputado, a informação do TSE está incorreta. “Deve ter sido um erro de digitação”, afirmou o assessor. O deputado pedirá a correção à Justiça Eleitoral.
Sem analisar nenhum desses casos especificamente e falando em tese, o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas no Rio (FGV-Rio) Sérgio Bessa avalia que declarar dinheiro em espécie em casa pode ser ingenuidade ou má-fé. Ele explica que não é ilegal guardar dinheiro vivo e lembra que dinheiro parado não rende nada.

— Primeiro, é bom dizer que não é ilegal levar essas somas consigo. Das duas, uma. Ou a pessoa é ingênua ou declara esse dinheiro para ter ali um seguro para justificar futuras falcatruas. Imagine que, no futuro, essa pessoa seja pega com uma mala de dinheiro, obtida de forma ilegal. Bastaria dizer que o dinheiro foi devidamente declarado no passado. É um seguro contra falcatrua — analisa.
Fonte: Extra Oline/Guilherme Amado
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