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Deu no DIA da BAIXADA: Atletas de lutas marciais ganham mais espaços gratuitos na Baixada. Belford Roxo cria centro de treinos, e Caxias amplia o espaço.

- Lutadores de artes marciais da Baixada estão conquistando mais espaços gratuitos para praticar a modalidade. Em Duque de Caxias, a sala de lutas da Vila Olímpica foi ampliada e passou a receber mais dois tipos de esporte, além do judô: caratê e jiu-jítsu. Já os atletas de Belford Roxo ganharam o Centro de Treinamento de Lutas Olímpicas Pedro Rizzo, há um ano.

E é no tatame de Belford Roxo que a carateca Thamires Ramos, de 17 anos, participa de treinos intensivos com apenas um foco: trazer a medalha de ouro para sua cidade no Campeonato Brasileiro de Lutas, em outubro. Ela conquistou o ouro no estadual deste ano, na categoria Júnior 16 e 17, e ganhou o bronze no nacional de 2012. 
MMA e boxe estão entre as dez modalidades oferecidas pelo Centro de Treinamento de Lutas de Belford RoxoFoto: Carlo Wrede / Agência O Dia
“Estou preparando meu psicológico e procurando não me distrair com problemas pessoais”, conta a atleta. 

Ela faz exercícios físicos fora das aulas no Centro de Lutas. “Prendo saco de areias nos pés para correr, faço abdominais em casa, amarro elástico na porta e puxo exercitando os braços. Tudo para me sair vitoriosa”, enumera. 

Para atender aos 800 alunos matriculados no projeto, são oferecidas 10 modalidades esportivas: judô, caratê, capoeira, jiu-jítsu, kickboxing, boxe, submission, tae kwon do, muay tay e MMA. O professor de caratê Ademir Gonçalves, 47, um dos mais mais premiados da região se emociona ao ver alunos se destacando. “Dos oito que participaram do Campeonato Brasileiro Zonal, no mês passado, na Bahia, sete ganharam medalhas”, diz ele, que formou 20 faixas preta. 

Os alunos ganharam uma vaga na disputa que vai juntar vários atletas do país em Brasília, no mês de outubro. 
Professor de caratê Ademir Gonçalves (D) formou 20 faixas pretaFoto: Carlo Wrede / Agência O Dia
De acordo com o secretário de Esporte, Turismo e Lazer de Belford Roxo, Rodolfo de Carvalho, “a ideia de instalar um centro de treinamento especializado em lutas na cidade surgiu após e receber diversos pedidos de lutadores locais para que um espaço destinado à prática esportiva fosse montado”.

Márcio Pedra, que participou do TUF na TV Globo, dá aulas no Centro de Lutas
Nascido e criado em Belford Roxo, o lutador de MMA Márcio Pedra, de 25 anos — o primeiro brasileiro campeão mundial de kickboxing — foi escalado como um dos professores do Centro de Treinamento. 
Atleta de MMA se inspira na família para crescer na profissãoFoto: Carlo Wrede / Agência O Dia
O reconhecimento e o carinho da pessoas vieram logo depois de ele participar da última temporada do The Ultimate Fighter Brasil — reality de lutas da Globo que foi ao ar há dois anos . “Isso foi a prova de que é possível para qualquer atleta que mora Baixada Fluminense conseguir realizar um sonho que, a princípio, pode parecer distante”, conta Márcio, que desde dos 12 anos se dedica às lutas de MMA. 

O apelido do lutador nasceu do irmão mais velho, Anderson, que era chamado de ‘Pedrinha’ nas rodas de capoeira que frequentava. Ao segui-lo no esporte, Márcio foi apelidado pelos amigos de ‘Pó de Pedra’. 

Outra aspiração de Pedra é o jiu-jítsu. E quem o ajudou a evoluir na modalidade foi o irmão gêmeo. “Começamos juntos a praticar o esporte aos 11 anos. Consegui chegar à faixa preta e já estou há cinco anos com ela”, conta.

Caratê faz o maior sucesso
Inaugurada há duas semanas, a sala de lutas de Duque de Caxias tem 220 alunos. “O caratê é a modalidade que mais se destaca entre as outras”, aponta a coordenadora Fernanda Santana, 36.

Além do judô, Caxias ensina caratê e jiu-jitsu Foto: Divulgação
Ela explica que o espaço integra o Programa de Iniciação Desportiva (PID), que existe há 20 anos com trabalhos sociais. 

“Oferecemos oportunidades para quem não tem condições de bancar uma atividade esportiva”, conta Fernanda. 

O maior desafio, segundo ele, é manter os alunos participando das programações. “Muitos não continuam por falta de incentivo da família. Ainda há um certo preconceito dos pais com as artes marciais”, destaca.
Fonte: O Dia da Baixada
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