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Olimpíada da Cidadania promove inclusão social pelo esporte, em Belford Roxo.

A 20ª Olimpíada da Cidadania foi aberta neste domingo (12 de outubro) no Atlético Clube de Heliópolis, em Belford Roxo. O projeto é desenvolvido pela organização não governamental (ONG) Sublime desde 1994 e tem o apoio da empresa Bayer, sediada na região.

“Este ano, o projeto completa 20 anos”, destacou a diretora da ONG, Jandyra Rosa. Ela disse que quando decidiu criar a Olimpíada, a meta principal era a promoção de atividades para as crianças da Baixada, que “não tinham quase nenhuma. A gente pensava que as crianças daqui tinham o direito de chegar a uma olimpíada, um dia”.

Quando o projeto surgiu, ele abrangia cerca de 300 pequenos atletas de Belford Roxo. Quatro anos depois, municípios vizinhos foram participar como convidados. “Depois, ela foi crescendo. Começamos com esportes coletivos, como futebol de campo e de salão, handebol, vôlei, porque jogos de quadra eram considerados mais elitizados”.

Hoje, a Olimpíada da Cidadania reúne crianças de escolas públicas e particulares, de clubes, de times de várzea, da periferia, das comunidades da região. “Foi tomando um vulto muito grande, de tal forma que começamos com 350 crianças e, no ano passado, tivemos 10.240 pessoas participando, entre crianças, jovens e adolescentes de 6 a 21 anos”.

Jandyra lembrou que no fim da Olimpíada, também a turma da terceira idade participa da Corrida Rústica. Há nove anos, o projeto passou a incluir competições paralímpicas. “Começamos com Belford Roxo e hoje participam da Paralimpíada 46 municípios do estado do Rio de Janeiro. Mais três estados – São Paulo, Minas Gerais e o Espírito Santo – enviam competidores como convidados, há cinco anos. E já tivemos municípios da Bahia concorrendo”, destacou.

Tudo é gratuito na Olimpíada da Cidadania. “As crianças não pagam a inscrição, todos os participantes dos jogos recebem alimentação, as pessoas que trabalham são prestadoras de serviços e recebem ajuda de custo”. Hoje, o projeto conta com 450 voluntários, entre árbitros, técnicos de enfermagem para prestação de primeiros socorros e pessoal de apoio.

“Não temos conhecimento de outro evento desse tamanho, no estado do Rio, nesse tipo de competição”, disse Jandyra Ao todo, são 16 modalidades de esporte disputadas. Ela destacou que, embora sejam times amadores, a Olimpíada da Cidadania revela talentos que podem vir a se tornar campeões, inclusive para os Jogos Olímpicos de 2016. “Temos um time de basquete feminino que saiu da nossa olimpíada, que é um dos melhores do Mercosul”. Uma das atletas, Amanda de Oliveira, de 21 anos, há oito na olimpíada, lembrou que o seu time, o Impacto Basquete, chegou a ser vice-campeão do Torneio Sul-Americano da modalidade, em 2009.

Felipe Rogério tem 13 anos e há doze convive com o basquete, porque seu pai foi treinador. Ele defende o time do Colégio Lisan, de Nova Iguaçu, na olimpíada. Seu sonho é ser jogador de basquete profissional. “É importante porque é bom competir com vários times, conheço outros lugares e outras equipes”. Rafaela Cabral, também de 13 anos, participa da quarta edição, com a equipe de ginástica rítmica, pela escola Iesa. “Cada vez que participo, é melhor”, disse. A equipe já recebeu troféus de primeiro e segundo lugar na competição.

A abertura da olimpíada ocorre sempre no Dia da Criança. Os jogos da edição 2014 começarão de fato no próximo fim de semana. “São 45 dias de jogos. Ela [a olimpíada] começa agora, no próximo sábado, e se encerra no dia 22 de novembro”, informou Jandyra. As competições são feitas em quatro modalidades: mirim, infantil, juvenil e juniores, para equipes masculina e feminina. Os jogos são disputados em vários municípios, entre eles Belford Roxo, Duque de Caxias e São João de Meriti.
Fonte: Agência Brasil
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