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Nova forma de combate ao crime: 54ª DP cria Grupo de Análise Criminal.

Na Baixada Fluminense o número de roubos e furtos cresceu de maneira assustadora em 2014. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), de janeiro a outubro deste ano foram registradas 12.015 ocorrências, 593 a mais que no mesmo período de 2013.

Em Belford Roxo, os números mostram que trabalho desenvolvido, somente em 2014, pela equipe comandada pelo delegado Luiz Henrique Ferreira Guimarães na 54ª DP vem gerando resultados extremamente positivos para a população do município.

O foco da delegacia tem sido o crime de roubo. Segundo o delegado, ao se assustarem com a abordagem do bandido, as vítimas podem ter um reflexo equivocado gerando uma reação fatal por parte do assaltante, causando o latrocínio (roubo seguido de morte). “Desde que assumimos a delegacia nosso foco principal é o crime de roubo, porque além de tirar patrimônio de pessoas, ele pode tirar a vida.

O indivíduo pode virar a esquina com seu veículo e sua família e um marginal fazer o sinal para você parar o seu automóvel e você não parar. O bandido não vai excitar em atirar, ele não quer saber se tem uma criança dentro do carro, não quer saber se tem um idoso, ele não se preocupa com nada disso”, disse Guimarães.

Buscando alcançar as metas estabelecidas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESEG), agentes da 54ª DP criaram de forma pioneira o Grupo de Análise Criminal. O grupo realiza uma busca em todas as ocorrências de roubo registradas no município rastreando elementos que ligam um fato a outro. Segundo o delegado Guimarães, a análise dos inquéritos aponta que os crimes são realizados pelos mesmos autores em uma determinada região.

“Sabendo que hoje quando uma pessoa é presa por roubo, ela pode receber, por exemplo, seis anos de condenação e desses seis, cumprir um sexto da pena e já ganhar acesso à rua por ‘bom comportamento’, fazemos uma busca nas delegacias atrás de uma assinatura que nos leve a crer que a infração foi cometida pelo mesmo autor”, frisa o delegado titular.

“A gente consegue fazer com que os autores dos furtos recebam três, quatro, cinco condenações posteriores e passe 10 ou mais anos presa”, complementou Guimarães.
Desde o início do ano até ontem, a 54ª DP de Belford Roxo já realizou 249 prisões e expediu 388 pedidos de prisão e busca e apreensão de menores infratores. Entre os presos encontra-se Alexandre Marcelo Gomes, de 44 anos, conhecido como o “Ladrão do Pálio prata”, que durante o ano aterrorizou as mulheres do município a caminho do trabalho, sempre entre às 5h30 e 9h.

Contra Alexandre, os agentes da delegacia de Belford Roxo encontraram 98 anotações por roubo, sendo que em seis, ele também foi enquadrado no artigo 213 do Código Penal por constranger as vítimas mediante a violência sexual. Graças ao Grupo de Análise Criminal, o ladrão do Pálio prata pegará 30 anos de prisão em regime fechado.

Para o delegado Luiz Henrique Guimarães, a principal causa do grande número de encarceramento no país é a impunidade. Hoje o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos países com o maior número de presos. “Embora pareça algo paradoxal, na prática não é. Criaram tantas medidas ‘despenalizadas’ e ‘desprisionais’ que o preso percebeu que a privação de liberdade e a cadeia não é um obstáculo para a prática do crime.

Quanto mais se ‘despenaliza’, mais se aumenta a população carcerária porque o preso já percebeu que compensa cometer o crime. Nossos inquéritos mostram isso, um único preso já foi reconhecido e identificado em diferentes procedimentos e também respondendo outros crimes, estando em liberdade. Por isso digo com enorme segurança, a maior causa de aprisionamento é justamente a impunidade”, declarou Guimarães.
Fonte: Jornal Hoje
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