Problema crônico em Belford Roxo e na Baixada Fluminense, a falta d’água foi eleita prioridade número um pelo governador reeleito Luiz Fernando Pezão, no fim de seu primeiro mandato. Nesta quarta-feira (04/11) ele assinou contratos da Cedae, no valor de R$ 96 milhões, para compra de tubulações que permitirão a reativação de nove reservatórios atualmente fora de operação.
A partir de janeiro, começam as obras para ampliar o abastecimento em sete municípios da região: Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti, Mesquita e Nilópolis. A expectativa é de que tudo esteja pronto em três anos.
“Essa operação era algo que parecia impossível. Mas mostra que é possível correr atrás dos nossos sonhos. Quero muito tirar essa obra do papel. Eu vou ser o fiscal. Vocês vão ver um leão. Em cada cano eu vou estar junto. Quero relatórios semanais”, cobrou Pezão, se comprometendo com uma das promessas de campanha.

Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, a previsão é que os novos sistemas estejam em operação em doze meses. “Esse é o maior investimento em abastecimento de água em uma região metropolitana num espaço tão curto”, disse Victer, explicando que desta vez todas as compras e serviços serão feitas em conjunto, para evitar que reservatórios sejam subutilizados porque não há tubulação para levar água até eles.
“Não adianta ter o cemitério, se o defunto não chega. Vira Odorico Paraguaçu. Vamos contratar os sistemas de forma integrada. Antigamente compravam tudo separado. É um como uma casa que tem porta e não tem telhado. Não funciona”, diz Victer.
Pezão garante não haver risco de apagão ou desabastecimento
Mesmo diante de alertas de apagão ou desabastecimento feitos por especialistas, o governador Pezão garantiu que não há risco de faltar água no estado, como vem ocorrendo em municípios paulistas, afetados pela estiagem. “Hoje não existe risco. Temos a garantia de abastecimento de água para toda a Região Metropolitana e o Município do Rio. Temos que combater as perdas de água e colocar em operação os reservatórios que estavam prontos e não tinham suas redes ligadas”, disse Pezão.
Em julho, os governos estadual e federal assinaram com a Caixa Econômica Federal empréstimo de R$ 3,4 bilhões, a ser captado pela Cedae, para a construção do Complexo Guandu 2, com a produção adicional de 12 mil litros por segundo. O presidente da Cedae, Wagner Victer reafirmou a posição do governador de que não haverá crise energética no Rio: “Estamos iniciando as obras com a água existente.
Estamos nos planejando para qualquer redução hídrica há muitos anos. Fizemos o dever de casa. Implantamos um Centro de Controle Operacional,modificamos a captação em sistemas isolados e modernizamos o Guandu. Logicamente, não quer dizer que as pessoas possam desperdiçar água”.
Fonte: O Dia
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