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Água para Baixada Fluminense.

Com um orçamento de R$ 3,2 bilhões, que serão destinados à construção de estações, adutoras, reservatórios e tubulações, projeto da Cedae tem como objetivo solucionar o problema crônico de abastecimento da Baixada Fluminense.

No ano em que o Sistema Guandu — uma das maiores e mais importantes obras de abastecimento do país — completa 50 anos, a Cedae inicia um ambicioso projeto, que tem como o objetivo dar fim ao problema crônico de falta d'água que atinge milhões de moradores da Baixada Fluminense.

Orçado em RS 3,2 bilhões, que serão financiados pela Caixa Econômica Federal, o projeto engloba os programas Água para Todos e Guandu 2, e representam o maior desafio da carreira do engenheiro Jorge Ferreira Briard, que assumiu a presidência na Cedae em janeiro passado após 31 anos na empresa. 

"Estamos iniciando uma grande obra que fará com que a Baixada Fluminense tenha plenitude do abastecimento de água e saneamento", explica Briard. 
O programa será dividido em três etapas já que, de acordo com Briard, envolve um volume de obras que tornaria o projeto inexequível caso todas fossem feitas ao mesmo tempo. 

"Além disso, o governo federal, que financia a obra, não teria orçamento para disponibilizar em uma só operação os R$ 3,4 bilhões", completa Briard. 

Serão feitos três desembolsos. O primeiro, no valor de R$ 1,2 bilhão; o segundo, de R$ 1,55 bilhão; e o terceiro, de RS 633 milhões. 

"Nosso maior contrato das obras é de 24 meses. Não são recursos a fundo perdido, como as obras do PAC, de abastecimento de água para o Nordeste. Todos os recursos vêm de empréstimo da Caixa Econômica, com recursos do FGTS, que a Cedae vai ter de pagar. E tem a contrapartida, que a companhia ainda tem de colocar, de RS 320 milhões", explica Briard. 

A primeira tranche, que foi liberada agora, contempla um conjunto de nove obras. A segunda será destinada à construção da estação de tratamento do Guandu 2, com capacidade de 12 metros cúbicos por segundo. E a terceira tranche vai ser a complementação da primeira, envolvendo a construção de adutoras, subadutoras e reservatórios, que são os sistemas de abastecimento. 

"O projeto tem início nos municípios, com as obras se interligando a partir da Estação do Guandu. Vamos construir uma nova estação que será importante, principalmente como backup da estação atual, com capacidade para absorver o crescimento das cidades pelas próximas décadas", explica Briard. 

O presidente da Cedae destaca a importância da obra para a região, que é carente de grandes projetos de infraestrutura. "A última grande intervenção na Baixada foram as obras do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, entre 1998 e 2002, com a construção de reservatórios, que foram colocados no final do sistema de abastecimento, em Caxias e Belford Roxo. Só que é preciso fazer a água chegar até esses reservatórios". 

Para resolver o problema, Briard conta que o modelo adotado no projeto atual envolve a criação de um sistema fechado, interligando a estação de tratamento, a adutora e os reservatórios. 

"A Baixada tem uma peculiaridade , que é uma grande adutora, de Nova Iguaçu a Caxias. Ao longo dessa adutora, a área é bem abastecida. Mas quando se afasta dela, falta capilaridade. Por causa disso, estabelecemos um pacote de obras englobando 18 grandes elevatórias, 18 novos reservatórios e a reforma de outros nove, com a ampliação de alguns, além de mil quilômetros de tubulações".
De acordo com o cronograma de Briard, o projeto será concluído até 2018.
Fonte: Brasil Econômico
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