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Acusado de estupro é inocentado e diz: “Acabaram com minha vida”.

Juiz absolve Jonas Ferreira depois que a menor, que o acusou, entrar em contradição nos depoimentos. Ele ficou preso por mais de dois meses.
Jonas Ferreira Gonçalves, 24 anos, auxiliar de serviços gerais, foi preso no dia 27 de outubro de 2014, acusado de estuprar uma menina que tinha 13 anos, com a qual, teve um breve relacionamento de três dias. De acordo com depoimento dos dois, essa relação não passou de alguns beijos que foram dados em área pública. Na ocasião da confusão que gerou todo esse problema, Jonas tinha 23 anos e trabalhava numa obra no bairro Vila Magalhães, próximo ao Ciep 116 Vila Maia, em Nova Aurora, Belford Roxo. Pouco antes de ser detido por populares que muito o agrediram, Jonas Ferreira teve uma discussão com a menor, que correu para a escola e avisou a diretora. Então a família foi acionada e a história tomou outro desfecho, que só foi desmentido durante uma audiência no dia 8 de janeiro. Quando a família chegou à escola, Jonas ainda aguardava a menina e só tentou correr quando o irmão dela gritou “tarado”, então ele tentou se salvar, pois sabe bem o que acontece com quem é suspeito de cometer este crime. 

FOI POR POUCO 
Para Jonas, infelizmente, o que ele temia aconteceu. “Eu fui julgado precipitadamente no momento em que fui espancado. Ninguém queria saber o que aconteceu, eles quase acabaram com minha vida”, desabafou o homem que só quer ter sua vida de volta. 
Depois de apanhar bastante, Jonas foi acolhido na casa de uma mulher até a chegada de policiais do 39º BPM (Belford Roxo), que o conduziram para a 54ª DP (Belford Roxo), e posteriormente para Bangu 10, onde ficou por dois meses e 15 dias. 

JOVEM FOI ABSOLVIDO
Na audiência, o juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belford Roxo, Alfredo José Marinho, deu o parecer que Jonas era inocente, pois não há qualquer elemento capaz de afirmar a veracidade da acusação. “Tal depoimento possui significativas contraditórias com aquele prestado em sede policial pela pró- pria vítima”. O Dr. Alfredo declarou ainda no alvará de soltura que: “o depoimento da vítima em sede policial e em juízo não passam credibilidade suficiente e nem veracidade para que se condene o réu”.

“Só quero dormir seguro”, declarou o jovem injustiçado
Muito angustiado e com medo de represálias, Jonas relata que teme por sua vida, “eu poderia ter morrido de tanto que apanhei. Os moradores e trabalhadores de uma obra que havia na rua, me bateram muito, quebraram meu braço e mão direita, foram muitas madeiradas. Até hoje não fiz a cirurgia que fui recomendado no dia da agressão. Por isso perdi minhas forças na mão direita”. O jovem recém-inocentado agradece a uma moradora que o salvou quando o abrigou em sua residência. Segundo ele, se não fosse essa atitude, ele teria morrido com pancadas de uma cavadeira na cabeça, como os operá- rios haviam prometido. Mesmo solto, Jonas não se sente completamente livre, pois teme a ação de pessoas desinformadas. Ele quer ter sua liberdade de volta e sua imagem retratada perante a sociedade, pois desde o episódio lamentável do mal entendido, ele não pode ter uma vida sociável. O Jovem disse ainda que não pretende procurar a jovem novamente para não haver mais problemas. Nem mesmo com ações judiciais. “Só quero dormir seguro, só isso” concluiu. 
Fonte: Jornal Hora H
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